Newsletter 035/2017

COMUNICADO

A Ordem dos Engenheiros Técnicos apoia a construção do aeroporto do Montijo

Lisboa, 12 de abril de 2017

imagem genérica, cortesia pixabay.com

A Ordem dos Engenheiros Técnicos considera que a solução definitiva para o Aeroporto de Lisboa deve passar pela construção de um novo aeroporto e, embora não seja fácil prever com exatidão o crescimento do tráfego aeroportuário em Lisboa, essa solução deve garantir a solução das necessidades durante várias décadas, assim como servir de placa giratória para a Plataforma Intercontinental “Europa/África/América”, e que na opinião desta Ordem Profissional poderá ser em Alcochete.

No entanto, na atual conjuntura, a Ordem dos Engenheiros Técnicos apoia a solução Montijo, face à necessidade e urgência de viabilizar uma solução complementar ao Aeroporto da Portela/General Humberto Delgado, considerando que o aeroporto do Montijo se encontra a 5km de Almada, 6km do Aeroporto de Lisboa, 8km de Odivelas, 9km da Amadora e 9km do Barreiro.

Dado o aumento exponencial de passageiros e a privatização da ANA em 2012, que definiu patamares de tráfego no limite de saturação e que estes foram atingidos em 2016 (22 milhões passageiros/ano, com a previsão para 2017 de 25 milhões), é urgente uma alternativa rápida e articulada.

Neste quadro, a solução Montijo apresenta-se como sendo a solução técnica mais viável e financeiramente mais económica, prevendo-se que na sua base, possam estar inicialmente interessadas como potenciais investidoras, as companhias “low-cost”, isto se a competitividade das taxas aeroportuárias e as operações de handling se mantiverem baixas.

As acessibilidades estão garantidas pelas ligações Aeroporto Montijo/Humberto Delgado/Ponte Vasco da Gama, EXPO, e seria ainda integrada a ligação Arco Ribeirinho Sul (Via ribeirinha Montijo/Barreiro /Seixal). A solução Montijo garante que o Aeroporto de Lisboa possa vir a ser considerado um aeroporto com dois pólos, dada a fácil interligação entre as duas infra-estruturas aeroportuárias, ficando assegurada a fácil mobilidade na região e no País.

A Ponte Vasco da Gama tem ainda capacidade para comportar o aumento de tráfego previsível com a instalação deste novo equipamento, acrescentando a possibilidade de inclusão de uma faixa “BUS” ou metro ligeiro de superfície e a solução de ligações à Portela por helicóptero, para situações especiais.

Pensar a organização das infraestruturas, da mobilidade e do ambiente em Portugal é um assunto da mais elevada importância para toda a coletividade, estando a Ordem dos Engenheiros Técnicos disponível, desde já, para participar na profunda reflexão sobre esta temática.

A Ordem dos Engenheiros Técnicos apoia sempre as soluções que considera mais adequadas, colocando o interesse nacional acima de quaisquer outros interesses.

Lisboa, 12 de abril de 2017
O Conselho Diretivo Nacional

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