O Presidente do CDR do centro, Luís Almeida, ao usar da palavra na mesa redonda subordinado ao tema “A Importância das Ações Internacionais da Engenharia de Segurança do Trabalho no Âmbito da Globalização” no passado dia 25/04/24 no V ENEST em Curitiba, Brasil, salientou: A Importância das Ações Internacionais da Engenharia de Segurança do Trabalho no Âmbito da Globalização.

A Engenharia de Segurança do Trabalho desempenha um papel crucial na preservação da vida e bem-estar dos trabalhadores em todo o mundo.

No contexto da globalização, essa área ganha ainda mais relevância, pois as ações internacionais têm impactos significativos na produção, economia e qualidade de vida. A revolução industrial marcou o início das indústrias e fábricas, mas também trouxe consigo condições de trabalho perigosas e acidentes frequentes. A partir da década de 30, surgiram iniciativas públicas e privadas para proteger os trabalhadores, culminando na criação da segurança do trabalho como prática legal.

No Brasil, o Departamento Nacional do Trabalho foi instruído a defender condições adequadas para trabalhadores urbanos e rurais. Ainda no século passado e em alguns Países, como a antiga União Soviética, a segurança era garantida com compensação económica para trabalhadores acidentados.

Em Portugal, os acidentes de trabalho eram contemplados nos mapas de medições das atividades de obras, como na construção da ponte sobre o Tejo onde estava previsto o número de trabalhadores mortos por acidente durante a obra, à semelhança de outras medições de aço e betão. No entanto, mundialmente e hoje em dia a prevenção ativa para evitar acidentes começou a ser priorizada quase globalmente.

A Evolução e os Desafios com o avanço tecnológico e a conscientização sobre saúde e segurança, na importância da Engenharia de Segurança do Trabalho cresceu exponencialmente. A área não se limita apenas ao cumprimento de normas trabalhistas; ela visa à promoção da integridade física e mental dos trabalhadores. A implementação de técnicas preventivas, a redução de doenças laborais e a boa relação com o meio ambiente são fundamentais para garantir a qualidade de vida no ambiente laboral. Os novos desafios, como a inteligência artificial e a automação, impõem uma formação cada vez maior, associada a um intercâmbio internacional cultural e profissional da globalidade da engenharia e da engenharia de segurança em particular.

Na cooperação internacional a economia global é cada vez mais influenciada pelo rápido desenvolvimento tecnológico mundial. Em Portugal e na entrada no mercado de trabalho europeu, a regulação de parte dos profissionais de engenharia é da responsabilidade da OET (Ordem dos Engenheiros Técnicos), que apoia o FoLEEST (Fórum Lusófono de Engenharia de Segurança e Saúde no Trabalho), Forum que trabalha nos vários continentes. A OET Ordem dos Engenheiros Técnicos permite e regula a inscrição de engenheiros brasileiros que cumpram as condições necessárias, nomeadamente o poderem estar inscritos no sistema CREA/CONFEA, com a finalidade de contribuir para uma maior globalização do atual estado do conhecimento na engenharia. No entanto, no Brasil, a parceria não é global, pois ainda não foi assinado pelo CONFEA o protocolo de reciprocidade, o que precisa ser resolvido rapidamente, pois é um entrave ao desenvolvimento da evolução tecnológica mundial e dos povos de língua portuguesa em particular no salto tecnológico mundial que a engenharia necessita.

A Engenharia de Segurança do Trabalho envolve: 1. Prevenção de Acidentes: Identificação e mitigação de riscos, uso adequado de equipamentos de proteção e treinamento contínuo. 2. Saúde Ocupacional: Monitoramento da saúde dos trabalhadores, prevenção de doenças relacionadas ao trabalho e promoção do bem-estar. 3. Meio Ambiente: Consideração dos impactos ambientais das atividades laborais e adoção de práticas sustentáveis.

Assim as ações internacionais da Engenharia de Segurança do Trabalho são essenciais para: 1. Produtividade: Ambientes seguros e saudáveis resultam em maior eficiência e menor absenteísmo. 2. Economia: Redução de custos com acidentes, processos judiciais e perda de produtividade. 3. Qualidade de Vida: Trabalhadores saudáveis contribuem para uma sociedade mais próspera. Em um mundo globalizado, investir na segurança do trabalho é investir no futuro sustentável das empresas e na vida das pessoas.